O que é Constelação Familiar?

A constelação é uma abordagem filosófica com efeitos terapêuticos desenvolvido por Bert Hellinger, alemão, filósofo, teólogo e psicoterapeuta. Teve seu desenvolvimento inicial em grupos e que ao longo dos anos foi adaptado e levado aos consultórios. Tem como objetivo auxiliar a descobrir e liberar bloqueios e emaranhados dos sistemas familiares, que muitas vezes são experimentados através de conflitos familiares, insatisfações, sintomas e enfermidades, etc.

O que são as bases desse trabalho?

Bert Hellinger (que desenvolveu o trabalho das Constelações) observou que todos os sistemas são regidos por leis. E estas leis precisam ser respeitadas para que a harmonia perdure no sistema. As leis sistêmicas (chamadas por Bert Hellinger de Ordens do Amor) são: – O Pertencimento: nos diz que todos fazem parte, ninguém pode ser excluído; – A Hierarquia: o lugar de cada um e o seu reconhecimento (precedência dos que vieram antes); – O Equilíbrio: entre o dar e receber nas relações; – A Fenomenologia: é um método e uma filosofia que tem como base a observação de fenômenos, neste caso, a imagem interna do cliente é representada externamente através dos representantes (pessoas) ou âncoras (objetos).

Para que servem as Constelações?

Em quase todas as famílias há certos acontecimentos que tem um profundo impacto em todos os membros, não permitindo assim que a harmonia flua neste sistema. Com o trabalho das constelações, é possível trazer à luz (à consciência), a dinâmica oculta, a desordem na lei sistêmica que atuava neste sistema causando assim as desarmonias físicas, emocionais ou espirituais. A partir desta nova imagem, o cliente absorve novas informações, possibilidades, recursos e insights, saindo do conflito para a resolução.

Como é o procedimento de Constelar?

Você pode participar de um grupo de constelação de três formas: constelando, ou seja levando uma questão pessoal para ser trabalhada no grupo; representando, onde você é chamado para representar algum elemento do sistema da pessoa que está constelando; assistindo na roda, que nada mais é do que participar da roda, sem entrar na constelação, nem constelar diretamente uma questão. Independente de como você participa no grupo, todos se trabalham, mesmo a pessoa que só assiste a constelação, também está se trabalhando internamente de alguma forma. Ninguém participa de um grupo sem que este tenha algum efeito em sua alma. Constelando: a pessoa que deseja constelar sua questão, o faz ao facilitador do trabalho, com poucas palavras na hora da sua constelação. Não há necessidade de contar sua vida, seus problemas, e toda a história em mínimos detalhes, nem de conversa prévia. O ideal é resumir a questão em uma frase ou em poucas palavras. A constelação não é terapia, no sentido literal da palavra, portanto, o importante para que o trabalho permaneça forte é o mínimo de falas. A partir da exposição do tema a ser constelado, é escolhido representantes para os elementos mais importantes do sistema da pessoa que está sendo constelada. Estes representantes se posicionam no espaço, e movem-se de acordo com aquilo que espontaneamente sentem ou percebem a nível físico ou emocional. Muitas vezes, nessa movimentação, se revelam aspectos muito semelhantes às pessoas representadas. É como um espelho do inconsciente do sistema da pessoa que está constelando. Na medida que os movimentos se desenvolvem, ou seja na medida que a constelação se desenvolve, insights, novas formas de ver o tema, ou resoluções começam a surgir para o cliente. A constelação é um processo silencioso, não há falas dos representantes. Algumas vezes é necessário que a pessoa que está constelando diga algumas frases, que chamamos de frases de apoio ou de solução, para dar impulsos nas tomadas de consciência. Não há um tempo certo para cada constelação. Às vezes pode ser rápido, como alguns minutos, ou levar até uma hora.

Que tipos de temas posso Constelar?

A constelação pode ser um recurso para diversas questões: Conflitos de casal, dificuldades em relacionamento, problemas com filhos, dificuldades na família, orientação em momentos de mudança, enfermidades e sintomas físicos ou psicológicos, desenvolvimento pessoal, traumas, questões judiciais como herança, guarda, adoção, etc., orientação profissional, problemas financeiros, empresas, sentimentos como rejeição, melancolia, tristeza, raiva, entre outros temas.